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Uma ajuda inesperada

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Quando era uma jovem missionaria em Buenos Aires, Argentina tive complicações com um dos meus pés, pelo excesso de caminhada tive uma “fratura por estresse” o que me causou muita dor. Para minha alegria estava servindo em uma área onde tínhamos bicicletas, assim poderia trabalhar normalmente com nossas bicicletas sem sentir dor. Em um dia comum estava terminando uma divisão maravilhosa com outra missionária em uma cidade próxima a minha área, para nossa surpresa ao nos dirigirmos para pegar o trem e trocar de companheiras novamente, descobrimos que a cidade estava realizando uma greve por motivos políticos e com isso não teria nem trem, nem ônibus disponíveis. Precisava muito voltar para minha área, pois, estávamos preparando um batismo, então tivemos a ideia de ir de bicicletas para encontrar nossas companheiras na metade do caminho e retornar as nossas áreas, a distância era de aproximadamente 12KM e levaríamos de 40 a 50 minutos pedalando para concluir o percurso. Nos pareceu co

Grilos Espirituais

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  Nossa família morou muitos anos no Estado da Flórida. Como na Flórida há uma grande concentração de areia, a grama comum é plantada junto com um outro tipo de grama de folhas largas que chamamos de St. Augustine. O grande inimigo dos gramados da Flórida é um pequeno inseto chamado mole cricket. [n.t.: Um tipo de grilo.] Uma noite, quando meu vizinho e eu estávamos em frente à minha casa, notamos um pequeno inseto cruzar a calçada. “É melhor jogar veneno no seu gramado”, alertou-me ele. “Lá vai um daqueles grilos”. Eu já havia pulverizado o gramado com inseticida há poucas semanas, e achava que dificilmente teria tempo e dinheiro para fazê-lo de novo tão cedo. Quando amanheceu, examinei o gramado de perto. Estava viçoso e verde como nunca. Olhei bem dentro da grama para ver se conseguia achar algum daqueles grilos, mas não encontrei nenhum. Lembro que pensei comigo: “Bom, talvez aquele grilinho só estivesse de passagem pelo meu jardim, a caminho do gramado do vizinho”. Examinei o gram

Um Testemunho Puro

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 Quando servia como missionária na cidade de Quilmes, Buenos Aires tivemos uma privilégio de ensinar a três jovens, Allan, Celeste e Florência, eram jovens entre 20 a 22 anos, eles não tinham um fé em Deus e questionavam muitas das coisas que ensinávamos, mas gostavam do evangelho e estavam dispostos em aprender e cumprir com os compromissos. Depois de alguns dias ensinando-os, terminamos uma lição e eu me sentia triste, sentia que eles não estavam progredindo, durante as lições eles duvidavam muito e expressavam como era difícil acreditar nisso e comoro era difícil para eles orarem sinceramente. Já tínhamos feito tudo o que podíamos, tínhamos chamado a membros, líamos e orávamos com eles, mas ainda parecia que algo estava faltando. Naquela noite me ajoelhei com minha companheira e oramos juntas para que pudéssemos saber o que devíamos fazer para ajudar eles, depois me ajoelhei sozinha antes de dormir e outro vez perguntei ao Pai Celestial como podia ajudar a essa família. Ao refleti

O Viajante e o Camelo

  “[Um] camelo e seu dono (…) estavam viajando pelas dunas arenosas de um deserto quando se levantou uma tempestade de vento. O viajante logo armou sua tenda e entrou, fechando a abertura para proteger-se da areia cortante e dolorosa da violenta tempestade. (…) O camelo ficou do lado de fora, e quando os fortes ventos açoitaram seu corpo, olhos e narinas, ele achou aquilo insuportável e por fim suplicou para entrar na tenda. ‘Só há espaço para mim’, disse o viajante. ‘Mas posso apenas colocar o nariz, a fim de respirar um ar que não esteja cheio de areia?’, perguntou o camelo. ‘Bem, talvez sim’, respondeu o nômade e abriu a tenda apenas um pouco, para permitir a entrada do longo focinho do camelo. Que alívio para o animal! Mas logo o camelo se sentiu incomodado pela areia que feria seus olhos e orelhas (…): ‘A areia carregada pelo vento é como uma raspadeira em minha cabeça. Será que posso colocar só a cabeça dentro da tenda?’ Mais uma vez, o viajante racionalizou que aceitar aquele pe

Uma pequena rachadura

Como recém-casados, logo percebemos as dificuldades de manter o lar. Na intenção de economizar dinheiro, resolvi instalar eu mesmo torneira do tanque de lavar roupas, encaixei tudo conforme imaginei e com um pouco de esforço consegui instalar a torneira. Com o passar do tempo, começamos a perceber que havia uma mancha no chão. Não demos importância, mas conforme o tempo ia passando, a mancha ficava cada vez maior. Logo percebemos que se tratava de uma infiltração.  Procuramos vazamentos em todos os lugares, fizemos várias tentativas. Mas por fim, depois de muitas tentativas, resolvi chamar o mestre de obras da construtora (imaginei que algum cano interno havia sido perfurado ou que se tratasse de uma falha interna da estrutura) quando o Mestre de Obras entrou no apartamento, logo desconfiou da torneira que eu havia colocado. Ao retirá-la da parede percebemos uma pequena rachadura em uma peça que segurava a torneira na parede. A peça foi trocada e o problema resolvido. Rafael Bini

Encontrando o Márcio

Quando eu servia como missionário em Cabo Frio - RJ, recebi uma mensagem no celular para entregar um Livro de Mórmon à uma pessoa que o havia solicitado pelo site da igreja. O nome da pessoa era Márcio. Fomos até o endereço indicado, mas, ao chegarmos lá, nos deparamos com um condomínio de casas fechado. Não havia, na mensagem que recebemos, informações sobre número de telefone nem número da casa de dentro do condomínio. Então notamos que havia, dentro do condomínio um homem passando tempo com sua filha. Ao nos aproximarmos do portão para falar com ele, logo ele se manifestou dizendo “Oi Elderes!”. Percebemos então que ele conhecia a igreja. Perguntamos a ele se conhecia algum Márcio no condomínio, mas ele disse que não conhecia. Ao conversar com aquele homem, descobrimos que ele era um membro da igreja que estava afastado já a algum tempo. Deixamos uma breve mensagem para ele e sua família e pedimos permissão para procurar nas casas de dentro do condomínio, se encontrávamos algum

A Roda de Amigos no Ensino Médio

Em um dia comum de colégio SPEI, no intervalo, eu estava conversando em um grupo de colegas da minha sala (umas 6 ou 7 pessoas) que eram meio “fora da casinha” e sem convicção religiosa nenhuma. Nós estávamos conversando quando alguém falou de meu irmão que estava na missão e um deles perguntou: “A é, e o que ele ta fazendo lá nessa missão?” e eu perguntei se ele já tinha visto aqueles dois rapazes que andam com plaquetinhas e de gravata e ele disse: “Ah! Sim! Aqueles carinhas que ficam enchendo o saco” e todos deram risada e eu disse: “É.. Eles estão pregando evangelho para as pessoas. ”. Então eles começaram a perguntar coisas do tipo: “e vocês guardam a lei da castidade né?” e eu fui respondendo e alguns davam risada e cochichavam coisas entre eles enquanto eu falava. Até que um deles perguntou: “E por que você faz todas essas coisas?”. Então todos ficaram em silêncio esperando a minha resposta e eu fiquei pensando qual seria a melhor forma de responder àquela pergunta e eu disse:

A Minha conversão

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Conheci a igreja em 1983, era domingo e eu estava morando em um sobrado que ficava na Vila Parolin em Curitiba. Eu e meu pai estávamos assistindo televisão quando eu ouvi umas pessoas conversando no portão, olhei pela janela e vi dois missionários, eles estavam tentando apertar a campainha, mas a campainha não estava funcionando. Eu olhei, tentei me esconder, mas eles me viram, tivemos que atender eles. Meu pai os recebeu muito bem, eles entraram e conheceram toda a minha família, marcaram outras palestras, eles voltaram muitas vezes na nossa casa e a gente foi fazendo amizade com eles. o Elder Radtke e o Elder Frank. Com o passar do tempo, semanas depois, fomos até a capela do Portão, na ala 1 e ficamos cada vez mais impressionados, mas eu resistia muito ao batismo, eu tinha apenas 13 anos e era muito fiel a igreja católica, tinha medo de me aventurar em coisas diferentes, então quando todos se decidiram se batizar, eu e minha irmã mais velha não queríamos ser batizados. Foi então q